Sete empresas da região de Presidente Prudente registraram interesse na reativação do transporte ferroviário de carga, entre Botucatu e Presidente Epitácio. O levantamento de interesse foi feito pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) no decorrer de outubro para analisar a demanda e cobrar medidas da ALLMS (América Latina Logística Malha Sul), concessionária administradora do trecho. A iniciativa da ANTT foi motivada pelo MPF (Ministério Público Federal), autor da ação judicial que pede a reativação da estrada de ferro. O prazo foi encerrado no dia 30, e a reportagem teve acesso aos ofícios das empresas endereçadas à Gerof (Gerência de Regulação e Outorgas Ferroviárias) da agência, por meio da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), que tem auxiliado os trâmites de reativação do trecho. As empresas interessadas são: Usina Bioenergia; Centro Sul Serviços Marítimos Ltda; Sacxlog – Cia Sul Americana de Comércio e Logística S/A; Small Distribuidora de Derivados de Petróleo Ltda; Stetsom Indústria Eletrônica Ltda; Vitapet Ltda; e Vitapelli Ltda. As indústrias são de ramos variados, como etanol, açúcar, derivados de petróleo, soja, grãos, couro, calcário, eletrônicos, entre outros, com possibilidades de cargas mensais de 10 a 30 mil toneladas, cada empreendimento, e outra com cerca de 100 mil toneladas de produção anual. De acordo com Clóvis Heinen, gerente da Vitapet, indústria que produz ossos à base de couro para animais de estimação, a empresa transporta o equivalente a 30 containeres de seus produtos por mês. “São 30 carretas mensais”, explica. Para ele, o sistema ferroviário seria viável, pois minimiza os custos com o transporte rodoviário. “Se a ferrovia voltar a funcionar e o trem passar por Prudente para buscar os materiais, será muito válido. Mas se tiver um limite até outra cidade termos que gastar outro tanto com transporte rodoviário, e fica inviável, porque vai acumular duas despesas”, comenta.