Com pressão do Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista (Ciop), responsável pelo gerenciamento da Cidade da Criança, a Prefeitura de Presidente Prudente repassou a verba que devia, no valor de R$ 1.184.199,04 no último dia de julho, após anúncio da ameaça de suspensão de serviços não essenciais de manutenção no Parque Ecológico. Conforme o Ciop, as duas parcelas são referentes aos meses de junho e julho, cujo valor individual é de R$592.099,52. A entidade argumentou que “sua arrecadação é composta por repasse de valores dos entes consorciados [neste caso, a prefeitura] para a cobertura de gastos previstos no contrato assinado em 2016”. No entanto, outra questão levantada nos últimos dias no município, é o aditamento de contrato de publicidade da Prefeitura, com acréscimo de R$487,5 mil até dezembro. Em menos de quatro anos, o montante total atingirá R$4.608.336,17. A justificativa dada pela Prefeitura é que essa prestação de serviços pode ser executada de forma contínua e pode ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, com limite de sessenta meses, conforme a Lei Federal 8.666/93. Ademais, também afirma a importância de promover campanhas institucionais para prevenção e enfrentamento da Covid-19, por exemplo. Para o presidente da UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e Região), Marcelo Fritschy, embora tenha quitado a dívida, o desfecho se deu sob forte pressão, além disso, o valor gasto com publicidade municipal não é visto com bons olhos pela sociedade civil, sobretudo, diante da grave crise em que nos encontramos com a pandemia. “Concomitante, empresas estão fechando suas portas por falta de apoio, há preocupação de possível atraso no pagamento de servidores e fornecedores e, quiçá, a paralisação de obras públicas. Será que os atuais gastos são prioridades?”, questiona. Lembrando que, sob a alegação de não ter dinheiro para pagar os salários dos servidores municipais, uma das medidas consolidadas foi a aprovação de projetos para modificar o orçamento e suspender, temporariamente, repasses à Prudenprev (Sistema de Previdência Municipal), aprovada em 27 de julho pela Câmara Municipal. “Isso pode também pode causar acúmulo de dívida para as próximas gestões”, pontua Fritschy.