À base de cartazes e gritos de protesto, moradores do Timburi, localizado na zona rural de Presidente Prudente, estiveram na Casa do Advogado na noite desta terça-feira, 07 de março, para a Audiência Pública a respeito da implantação de aterro sanitário privado no bairro rural. O evento foi promovido pelo Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) e também contou com a presença de representantes jurídicos, autoridades de Presidente Prudente, entidades, docentes e imprensa
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Na oportunidade, a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região) esteve representada pelo presidente Sergio Itio Turuta e pelo secretário-adjunto Dr. Emerson Longhi. “A conclusão ponderada é que necessitamos de uma solução para o lixo que geramos cada vez mais e em maior quantidade. Só não se sabe se o melhor é pela iniciativa privada (a ALL é um exemplo de que a falta de interesse econômico pode fazer), se o modelo de "aterro" é a melhor solução, e definitivamente, não no Timburi”, opina Turuta.
Na audiência, foi entregue em mãos ao secretário-executivo do Consema, Germano Seara Filho, a tese de doutorado do livre docente da Unesp, Dr. João Osvaldo Rodrigues Nunes, embasada no projeto de aterro sanitário em Presidente Prudente. “Desde 2002 buscamos o melhor local para se instalar o aterro de Presidente Prudente, pois realmente há necessidade. Entretanto, há estudos com base científica dizendo onde pode ser construído com menor impacto ambiental onde o Timburi não é citado, e antidemocraticamente, sem ouvir a população, promoveram essa audiência para discutir muito brevemente essa situação”, explanou o advogado simpatizante em defesa do bairro, Dr. Francisco Galindo.
Em dezembro de 2016, uma primeira audiência foi marcada, sem aviso prévio necessário aos moradores, e isso causou revolta, o que resultou no cancelamento do evento. O projeto privado trata-se da implementação do CGR (Centro de Gerenciamento de Resíduos) em uma área do bairro rural, onde foi apresentado o EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental, e tem despertado grande preocupação de que a produtividade do solo seja prejudicada e as nascentes do Rio do Peixe que localizam-se na área sejam poluídas pelo “chorume” do aterro sanitário.
O local comporta cerca de duzentas famílias, onde residem produtores de alimentos, leite e queijo. Além disso, o bairro é uma importância histórica para Presidente Prudente, e no ano do centenário do município, querem instalar um aterro sanitário nas terras que tem tradições religiosas e grande produtora de agropecuária.