Nesta semana, o governador, João Doria, publicou o Decreto 65.622/21 no Diário Oficial, autorizando a abertura de licitação para a concessão dos serviços de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária dos 22 aeroportos da rede estadual.


Muito embora a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região) seja favorável à concessão do aeródromo local, a entidade é contra o modelo de contrapartidas adotado, porque não contempla a construção de um novo terminal, somente uma mera ampliação.


É inegável que o aeroporto prudentino tem capacidade para se tornar uma referência cada vez maior. O presidente, Renato Mungo, lembra que em 2009, o aeroporto ganhou uma reforma que permitiu a ampliação da pista e operacionalização, porém, com o passar dos anos, o número de voos aumentou, sendo considerado o terceiro do interior paulista com maior movimentação. “Dessa forma, há anos a sociedade civil, entidades e governo municipal reivindicam novas adequações na pista, construção de novo terminal de passageiros e modernização dos equipamentos e navegação aérea”, ressalta.


Mungo acrescenta que em 2019, o governo municipal doou uma área de 248.957,97 metros quadrados ao Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp). O projeto possibilita, além de um novo terminal, também a implantação da sede própria da Receita Federal no município, fazendo com que Prudente seja um polo de distribuição (posto alfandegário) e internacionalização.


Portanto, a concessão permitiria um novo saguão, integrando com o projeto da Receita Federal. “Com essa modernização, será beneficiado com um HUB, constituindo conexão de voos para as companhias aéreas; e transportes de carga multimodal”, frisa o presidente da UEPP.


Em fevereiro passado, a UEPP, deputado estadual Mauro Bragato, o prefeito, Ed Thomas, o vereador Willian Leite, Aviesp (Associação de Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo), (Codepp - Conselho de Desenvolvimento Econômico de Pres. Prudente), OAB 29ª Subseção, Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Pres. Prudente) e Sinhores (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Pres. Prudente) estiveram reunidos com a subsecretária de Parcerias, Tarcila Reis Jordão, e corpo técnico do governo, em São Paulo.


Na oportunidade, foi entregue ofício com tais reivindicações. Em resposta, ela havia se comprometido, junto ao seu corpo técnico, a rever os parâmetros a serem levados para o investidor privado. E, embora, isso não tenha se consolidado, a UEPP continuará pressionando e acompanhando o processo.  “Recebemos a resposta negativa dois dias antes do anúncio do decreto, mas estamos mobilizando a sociedade civil e autoridades para este grave erro. Não podemos deixar uma árdua luta de anos ser relegada desta forma”, pontua Mungo.