Com atividades iniciadas no ano de 2015, hoje, o Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente é tecnologicamente estruturado e capacitado, tendo potencial para receber recursos da esfera federal e, assim, ampliar os atendimentos de média e alta complexidade. Para isso, precisa ser credenciado ao SUS (Sistema Único de Saúde), o que tem sido uma batalha contínua da administração da instituição, governo municipal e legislativo e sociedade civil organizada. Inclusive, esse foi o motivo da visita do senador Major Olímpio ao HRCPP na tarde da última segunda-feira (17). Conforme, o cadastramento no Ministério da Saúde proporcionaria ao hospital a quantia anual de R$33 milhões para seu pleno funcionamento.
À espera de devolutivas de deputados estaduais e federais que vieram ao município nos últimos dois anos, a UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e Região) salienta que o governo de São Paulo tem colaborado na construção e aparelhamento do HRCPP, no entanto, ainda é decisivo que haja empenho no credenciamento federal, condição indispensável para seu pleno funcionamento, que dará nova esperança aos pacientes de câncer de cidades da região e estados limítrofes.
Conforme Marcelo Fritschy, presidente da entidade, outro ponto levantado é a busca pelo fortalecimento orçamentário das Santas Casas de Misericórdia, pois o atendimento tem sido feito com muito atraso e de forma precária pelo SUS, onde hospitais menores dos municípios vizinhos dependem de doações e trabalhos comunitários para manterem suas portas abertas para o necessário atendimento primário/ambulatorial. A medida também visa evitar o uso exacerbado de ambulâncias para transporte a centros médicos mais amplos, como Prudente.
Tecnologia e Serviços
Entre janeiro e outubro do ano passado, o HRCPP realizou mais de 45 mil atendimentos. Em fevereiro de 2020, foi o primeiro hospital no Brasil que realizou cirurgia com a utilização de substância que auxilia na identificação do linfonodo sentinela. Entre os serviços em funcionamento, estão: radioterapia, quimioterapia, ambulatório, ambulatório de prevenção, pequenas cirurgias, ultrassom, cirurgias de média e alta complexidade e internações parciais. Isso mostra, na prática, que o hospital tem potencial para ajudar a aliviar a demanda regional, mas precisa do apoio do Estado para entrar em plena atividade.