Quarenta e cinco cidades do Departamento Regional de Saúde (DRS-Xl) de Presidente Prudente vivem um retrocesso na economia. Se foi dado um passo para frente (fase amarela), outros dois foram trás (fase vermelha) no Plano de Retomada do governo estadual. Muitas empresas, principalmente as pequenas, estão à beira de um colapso. Com 53 municípios e população estimada de 902 mil habitantes, o Produto Interno Bruto (PIB) da 10ª Região Administrativa de Pres. Prudente, antes da atual crise, girava em torno de R$ 16,5 milhões, com participação de 1,18% no PIB estadual. Com isso, no que tange ao crescimento, a 10ª R.A. já levava o peso de ser a segunda mais pobre do Estado paulista. Em um estudo recentemente feito pelo Sebrae/SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado) aponta que 76% das empresas foram, de alguma forma, afetadas pela pandemia, sendo que 90% delas apresentaram quedas no faturamento. “A maioria dos pequenos negócios não têm presença consolidada no ambiente digital, e este será o caminho agora, uma saída para o fechamento das portas”, explica o diretor regional, José Carlos Cavalcante. Fato é que uma das principais fontes de geração de renda de Prudente é o comércio. Proibidos de permanecer com as portas abertas, muitos empreendimentos caminham para um triste destino: desaceleração, desemprego e recessão. A crise econômica está relacionada à demora do governo federal em ajudar as pequenas e médias empresas e atrasando enormemente o repasse de recursos para os municípios poderem pagar suas contas. Conforme o diretor da ACIPP (Associação Comercial e Empresarial de Pres. Prudente),Rubens Afonso, a fase amarela trouxe uma injeção de ânimo muito grande no comércio local. “Todos estavam bastante esperançosos para seguir em frente, resultando em um pequeno avanço na economia”, disse. Com o retrocesso de fase, Afonso explica que as expectativas não são das melhores. “O pior para um empreendedor é perder a esperança, a força para lutar e não acreditar mais que pode dar certo, neste caso muitas mortes de CNPJs. Tememos que possa haver muitos desempregos e o empreendedor não conseguir nem arcar com os seus compromissos”, pontua.