Em sessão solene nesta terça-feira (29), os 13 vereadores da Câmara Legislativa votaram unanimemente a favor do requerimento de urgência para instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apuração, no prazo de 90 dias, a denúncias formuladas pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais (COMUCPP), professores e alunos da Escola Municipal de Artes "Jupyra Cunha Marcondes". Conforme, haverá investigação para possíveis práticas de abuso de autoridade, assédio moral, coação a servidores públicos e, ainda, situação referente às questões relacionadas à descentralização por meio de polos da escola de artes. Controvérsias nos números Durante a audiência pública que aconteceu na última sexta-feira (25), o secretário municipal Fábio Nogueira apresentou dados relativos a serviços, infraestrutura e finanças tanto da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) quanto da Escola de Artes Jupyra Cunha Marcondes. De acordo com os dados informados pela Secult no Portal da Transparência, atualmente são 371 alunos pagantes e 153 bolsistas, totalizando 524, cuja receita mensal é de R$26.556,20 e anual R$319.185,48. Valores recalculados: mensal (R$32.589,15) e anual (R$391.069,80). Entretanto, conforme o representante dos professores, Ruben Vicentini, são 432 pagantes e 71 bolsistas, totalizando 503 participantes. A receita mensal seria de R$38.688,94 e a anual, R$464.267,28. “Se fossem 524 alunos, pela probabilidade de valores individuais, totalizaria R$483.650,26”, detalha Ruben. “A Secult apresentou 97 funcionários no total, porém, pela lista de presença, são 86 e 3 estagiários”, completa. Segundo, o salário médio dos 86 funcionários da Secult é de R$6.194,79, sendo que o valor pago na folha salarial anual informado pela Secult é de R$6.925.775,61, como disposto no Portal da Transparência de setembro de 2019. “Por lista, comprovamos que são 86 funcionários e 3 estagiários, não 97 funcionários como a Secult informa”, salienta.