O Hospital de Esperança tem equipamentos, estrutura, corpo clínico, mas está com dificuldade em promover os atendimentos devido a uma crise financeira. Nessa semana, a diretoria do HE anunciou um acordo de cooperação com a Santa Casa de Misericórdia de Pres. Prudente para aplacar a situação e evitar que as atividades sejam encerradas.

 

Hoje, o déficit mensal da instituição é cerca de R$ 2 milhões, e a receita fixa proveniente dos três contratos firmados com o SUS (Sistema Único de Saúde), o que gira em torno de R$ 860 mil, não são suficientes para cobrir os gastos mensais da entidade.

  

Conforme o presidente do HE, Felicio Sylla, o objetivo dessa simbiose é manter os atendimentos oncológicos, cortar gastos, permitir que os pacientes que aguardam na fila de espera da Santa Casa sejam atendidos nos leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que se encontram ociosos no HE, além de unir departamentos de ambas unidades hospitalares. 

 

Segundo, o hospital estava atendendo até então acima do teto, o que chamam de extrateto. “Esse atendimento extrateto, a falta de reajuste de tabela, a falta da celebração de um novo convênio são a causa da nossa situação financeira precária”, explicou Sylla. Como o Estado não paga, o que contribui para arcar com essas despesas são as doações da população, de órgãos da sociedade civil, ações de telemarketing, repasse proveniente do título de capitalização SP Cap e do auxílio mensal de alguns municípios da região de Prudente.  

  

Dessa forma, o atendimento extrateto abarca diversos serviços ofertados pela unidade e está muito acima do que prevê o convênio com o governo federal. Mensalmente, o acordo com o SUS obriga que o hospital realize:

 

- 18 tomografias por mês, no entanto, atualmente, são 555; 
- 10 ultrassonografias, porém, são feitas 248 por mês;
- 377 exames mensais, todavia, são realizados 1.478;
- 1 mil consultas por mês, porém, são feitas 2.444;
- 681 sessões de quimioterapia, no entanto, por mês são feitas 1.179;