O presidente da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), Renato Michelis, representou a entidade durante a reunião pública que aconteceu na manhã desta quarta-feira (31) no auditório da Casa da Advocacia. Idealizada pela OAB 29ª Subseção, em parceria com o governo municipal de Pres. Prudente e Comitê de Combate à Dengue, o objetivo foi debater o atual cenário no município e traçar ações visando evitar novas epidemias da doença.

 

Como lembrado pelo presidente da OAB 29ª Subseção, Wesley Cotini, o assunto é de interesse coletivo. “A responsabilidade de combater a dengue não se limita apenas às autoridades, mas sim a todos os setores da comunidade”, frisou. Por fim, destacou a importância da participação ativa da sociedade civil, instituições governamentais, ONG’s e empresas, enfatizando que a prevenção e o controle exigem uma abordagem coletiva.

 

Também representando a Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), o prefeito municipal Ed Thomas salientou a preocupação de cunho regional e o papel do executivo nas ações, e pediu engajamento e colaboração da população no descarte correto de lixos domésticos.

 

Em seguida, Ana Paula Lagiesk, diretora técnica do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) de Pres. Prudente, apresentou dados regionais. De acordo com o levantamento, a  atual situação está, tecnicamente, controlada em comparação a outras regiões e em relação ao mesmo período em 2023 no município de Presidente Prudente. Contudo, ela destacou uma preocupação latente, com base em estudos, cuja tendência é que os casos aumentem nos próximos meses, especialmente após as festividades de Carnaval. “Isso não é sinônimo para relaxamento, por isso, é de fundamental importância campanhas e ações de conscientização populacional”, alertou.

 

Por fim, Elaine Bertaco, supervisora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, revelou um estudo abrangente sobre a prevalência do Aedes aegypti no período de 1996 a 2021 em Prudente. Segundo as análises, o primeiro óbito relacionado à dengue na cidade foi registrado em 2006, atingindo seu pico em 2016, com mais de 12 mil casos e 29 óbitos. Ainda, ao longo desses 25 anos, o número total de casos positivos ultrapassou a marca de 36 mil. Já sobre janeiro de 2024, até o momento, ão 10 confirmações e zero óbitos.  

 

UEPP

Diante do exposto e sempre presente em reuniões que tratam o assunto, Renato Michelis aponta três sugestões para a efetiva conscientização da população. A primeira, a implementação de multas mais punitivas para moradores que negligenciam o descarte de lixo ou permitem a formação de criadouros do mosquito; já a segunda, uma gratificação com selo de reconhecimento àqueles cujas suas residências estejam isentas de focos do mosquito, sendo considerados bons incentivadores para a sociedade; por fim, campanhas mais lúdicas aos finais de semana nos bairros da cidade, com avisos sonoros e distribuição de panfletos, de forma que chame mais a atenção dos populares.

 

 Sempre importante lembrar

 O mosquito Aedes aegypti não apenas transmite a dengue, mas também chikungunya e zica vírus.

 

Para acompanhar informações sobre casos atuais, basta acessar: www.radardadengue.com.br/prudente