Imagine se os casos de Covid-19 comecem a crescer descontroladamente em Prudente ou em algumas cidades da região da noite para o dia? Imagine se você ou algum ente querido precise de um atendimento para cirurgia? A Santa Casa de Pres. Prudente é referência para 45 municípios da região e abrange em torno de 900 mil habitantes. O que aconteceria se o hospital entrasse em colapso financeiro? Vivemos em uma realidade tão atípica que nada é exagero! Hoje, 60% dos atendimentos da Santa Casa são pacientes do SUS de Média Complexidade, como exames e diagnósticos especializados, e Alta Complexidade, como cirurgias cardiovasculares, ortopédicas e bariátricas, neurocirurgias, transplantes de rins e córneas, hemodiálise, tratamentos oncológicos, dentre outras. Somente em 2019, foram realizados 500 mil procedimentos gratuitos. Os 40% restantes atendem convênios ou particulares para casos de urgência e emergência. Já o atendimento de UTI é válido para ambos (SUS e particular), incluindo, então, os casos graves da Covid-19. A campanha para arrecadação, idealizada pela UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e Região) e Codepp (Conselho de Desenvolvimento Municipal de Pres. Prudente) para este momento de pandemia, atingiu até agora a quantia de R$124 mil. Entretanto, haverá déficit de mais de R$2 milhões no dia 05 de maio. E por que esse déficit? Antes da pandemia, a instituição seguia com suas contas equilibradas, no entanto, com a atual crise, não há atendimento para as cirurgias eletivas (aquelas não emergenciais), consequentemente, não há repasse de dinheiro público. Se não entra dinheiro, não há como suprir a demanda e aquisição de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual), máscaras, luvas, aventais médicos e respiradores, por exemplo. E o repasse de R$1,8milhão que o governo estadual falou? Esse dinheiro oferecido aos municípios que comportam mais de R$100 mil habitantes, foi destinado para que as prefeituras reforcem exclusivamente ao atendimento básico de prevenção e tratamento da Covid-19. Ou seja, na prática, essa quantia não foi encaminhada para as Santas Casas. Além disso, a Santa Casa faz parte do Sistema CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), isso significa que ela não tem autonomia, pois é a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo que regula recursos disponíveis na saúde pública. Para ficar mais fácil: o sistema trabalha em vários âmbitos: pré-hospitalar, ambulatorial e regulação entre as regiões. Se a Santa Casa de Prudente não equilibrar suas contas, o que acontecerá conosco? O Oeste Paulista poderá sofrer menos riscos de pico devido ao isolamento social, se comparado a São Paulo, porém, não podemos subestimar um surto coletivo, além da necessidade de atendimento para outras doenças. É por essa e outras razões que pedimos a sua colaboração para ajudar essa instituição. Como funciona os atendimentos do SUS? No SUS (Sistema Único de Saúde) nada é de graça, tudo é pago com dinheiro público, proveniente dos impostos, com recursos municipal, estadual e federal. Para a saúde, o dinheiro é destinado para despesas com pessoal, compra de equipamentos, exames, medicações e combustível das ambulâncias, dentro outras obrigações. Os municípios pequenos, na maioria dos casos, não dispõem de locais com todos os recursos. A Alta Complexidade, por exemplo, só existe nas grandes cidades, pois é necessário ter laboratórios que façam diversos tipos de exames e serviços mais especializados, como as cirurgias. A partir de 2017, foi estabelecido um novo modelo de recursos federais para dois blocos. O primeiro bloco é o ‘Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde’: como: - Atenção Básica: atendimento primário feito em ESF (Estratégia da Saúde da Família), UBS (Unidade Básica de Saúde), Pronto Socorro que realizam exames e consultas de rotina ou emergenciais. Também encaixam os atendimentos familiares individualizados ou a pessoas em situação de rua. Em ambos casos há possibilidade de encaminhamento para complexidades; - Média Complexidade: encaminhado do posto para o médico. São realizadas consultas e diagnóstico mais preciso e tratamento adequado. - Alta Complexidade: o paciente pode ter passado pelos dois primeiros setores (básico e médio). São feitos procedimentos de alta tecnologia e cirurgias mais invasivas. - Assistência Farmacêutica; Vigilância em Saúde e Gestão do SUS. O Estado e o Município recebem recursos federais do Fundo Nacional de Saúde (FNS). O segundo bloco é o ‘Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde’: onde os recursos são destinados para compra de equipamentos, reformas ou adequação de imóveis já existentes. Campanha Toda a sociedade prudentina pode ajudar! Você pode contribuir com qualquer valor, e a doação pode ser realizada por meio de depósito bancário na conta do hospital: DEPÓSITO BANCÁRIO: Banco do Brasil (001) Ag.: 7655-4 C/C: 367-0 CNPJ: 55.344.337/0001-08 Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente