Entre 1940 e 1960, as áreas até então consideradas mais distantes de Presidente Prudente começaram a ser ocupadas. Agora, segundo a secretaria municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seplan), o ano de 2021 encerrou com 111.670 imóveis edificados, entre patrimônios comerciais, industriais, residências e condomínios.
Devido a essa dimensão que essa cidade tomou, houve uma concentração de serviços em escala regional, como hospitais e universidades, atraindo mais pessoas e novos investimentos, além do número populacional. Não à toa que hoje são 231.953 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - 2021.
No entanto, apesar do centro universitário, Centro Cultural Matarazzo e IBC (Instituto Brasileiro do Café) que circundam o antigo centro da cidade, o denominado eixo viário da Quintino Bocaiuva encontra-se fora da zona de investimento. Esses bairros que ficam localizados abaixo da linha férrea fazem parte da história da cidade e merecem todo o reconhecimento e valorização.
Por isso que na última reunião do Codepp (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente), foi apresentado o projeto Vila Criativa, já aplicado em municípios como Santos, no litoral paulista. Aproveitando o comércio naquela zona, o propósito é promover incentivos fiscais e isenção de impostos às atividades que geram receita.
A ideia é válida e merece a nossa atenção. Nossa cidade cresceu e se desenvolveu e, mesmo enquanto a situação da linha férrea não se resolve, aquela região merece retomar todo o prestígio que um dia foi. E cabe a nós, sociedade civil organizada, com o empenho do governo municipal, desenvolvermos um ambiente favorável.