A convite da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e região), o promotor de justiça Lincoln Gakiya proferiu o tema “O MP e o combate ao PCC: perspectivas atuais”. O encontro com representantes de entidades e sociedade civil aconteceu na noite desta quarta-feira (18) na Sicredi.     Doutor Gakiya explicou que atualmente dez facções brasileiras atuam no Estado de São Paulo, sendo oito inimigas declaradas do PCC (Primeiro Comando da Capital). “Entretanto, hoje, o PCC compõe cerca de 30 mil criminosos e uma ascendência de 100 mil. E num panorama, das 176 unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária, 150 contam com a presença do PPC, perfazendo o número de mais de 208 mil presos”, detalhou Gakiya.   Em se tratando do financiamento do tráfico, no ranking mundial, o PCC movimenta US$100 milhões/ano, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas). As cinco atuações do crime organizado que mais ganham dinheiro, a nível mundial são: narcotráfico (US$320 bilhões), falsificação (US$250 bilhões), tráfico humano (US$31,6 bilhões), tráfico ilegal de petróleo (US$10,8 bilhões) e tráfico de vida selvagem (10 bilhões).     Por fim, sobre as perspectivas atuais, Lincoln Gakiya destacou os ataques a carros-fortes e empresas de valores, assassinato a agentes públicos, resgate de presos e o envio de armamento ou dinheiro a outros estados para fortalecer a guerra contra facções inimigas. Conforme, num primeiro momento, o dinheiro não fica no Brasil, mas é direcionado aos doleiros, muito dos quais tem envolvimento com a Lava-Jato. “É difícil mais do que se imagina seguir o caminho do dinheiro proveniente do tráfico, pois o sistema do crime tem subdivisões e gera inúmeras dificuldades para que não se atinja a liderança, mas o combate ao crime não vai cessar”, pontuou.