Após um mês do envio dos estudos para inserção de novo ramal e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) solicitados pela UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e Região), a concessionária Rumo realizou uma videoconferência na manhã desta sexta, 18/12, para esclarecer alguns pontos do material que foi encaminhado por e-mail em 11 de novembro.
No início da reunião, o diretor comercial Eudis Furtado informou que a construção de novos ramais não é objeto da concessão, o que precisa de uma autorização separada.
O presidente da UEPP, Marcelo Fritschy, disse que a expectativa era por uma reunião de apresentação de projetos alternativos e soluções, que tanto a UEPP como a sociedade civil, já tem a clareza que a intenção da RUMO, é apenas ganhar tempo, e que a reunião, era simplesmente com o objetivo de cumprimento da TAC, e que desta forma, não há interesse nenhum na participação, visto que todas as demandas de carga existentes, já foram comprovadas em reuniões anteriores.
Na sequência, o vice-presidente da UEPP, Itamar Alves Jr., lembrou que quando a Rumo pegou a concessão, já existia trilhos, que foram sucateados e abandonados ao longo dos anos, por isso, uma saída seria a inserção de um novo trecho para que a região não fique tão à mercê como está. “Se não for construir a ferrovia, é preciso que cheguemos a um consenso”, frisou Itamar.
Com a explicação de ser conceitual, a estimativa do projeto foi feita com base na experiência na área de engenharia, e está sujeito à alteração. Dentre informações técnicas, o engenheiro da concessionária, Wescley Brito, salientou que para uma viabilidade do traçado entre Parapuã a Presidente Prudente, é preciso que seja feito em velocidades menores.
De acordo, para a evolução do projeto, é preciso demanda, consulta de órgãos públicos, levantamentos, elaboração do Evetea (Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental) e aprovação do anteprojeto. “Falando em custos, como ainda estamos na fase de viabilidade, é preciso fazer conta do material rodante e capacidade”, disse.
Já sobre os próximos passos de implantação de VLT, o engenheiro informou que é preciso avaliar a demanda, volume de passageiros/dia, horários de operação, vida útil da modalidade, tipo de trem, plano de manutenção, sistema de licenciamento, capex total e viabilidades técnicas, por exemplo. “O valor cambial também influencia”, esclareceu Furtado.
Alternativas
O presidente da Aviesp (Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo), Marcos Lucas, questionou a possibilidade de alternativas que diminuam os custos do projeto a fim de dar viabilidade à execução. Em resposta, Eudis Furtado disse que o time de engenharia se reunirá para estudar nova alternativa, cujo prazo será enviado por e-mail na próxima semana.
Novembro
Ao todo, o custo total da obra neste trecho, foi estimado em R$ 1,2 bilhão.