Por e-mail, a Rumo, concessionária que opera a ferrovia regional, encaminhou estudos de viabilidade, conforme foi firmado com a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região) em julho passado. Os estudos referem-se à criação de novo trecho que liga Parapuã (entre Panorama e Tupã) a Presidente Prudente e inserção de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Prudente.

 

 

Desenvolvido pelo engenheiro da Rumo, Wescley Silva Brito,  os dois estudos dão uma visão geral às partes sobre custos, principais  características geométricas, obrigações ambientais e regulatórias.

 

 

Sendo assim, conforme a Rumo, o novo ramal precisaria de processo de licenciamento, sendo necessária LI (Licença de Instalação), LP (Licença Prévia) e LO (Licença de Operação), cujo prazo é de três e quatro anos. O custo estimado para o licenciamento é de R$ 5 milhões; e para a gestão ambiental das obras, é de R$ 17 milhões.

 

 

Ainda, o trecho, segundo a concessionária, por estar desativado atualmente, será necessário pedir uma LI, prazo que gira em torno de dois anos, com custo estimado de R$ 400 mil para elaboração dos programas ambientais e taxas. Ao todo, o custo total da obra neste trecho, foi estimado em R$ 1,2 Bilhões.

 

 

Já sobre o VLT, a Rumo explica que o perfil planialtimétrico (método que permite a medição das projeções horizontais e alturas do relevo) da via não é um limitante para circulação da VLT. Para superestrutura, é necessário realizar uma prospecção completa para verificação das condições atuais dos componentes da via, tais como, dormentação, fixação, trilho, juntas de ligação e lastro.

 

 

Também é recomendável realizar uma inspeção da geometria da via carro controle ou “trolley” de linha (verificação da superelevação, variação de flecha e bitola). Para a infraestrutura, é necessário realizar uma verificação estrutural dos viadutos e das condições de sinalização das passagens de níveis.

 

 

Após receber planilhas técnicas e analisar, a UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e região) entende que tanto prazo quanto custos são frutos da morosidade em resolver o sucateamento e a paralização do trecho ferroviário regional. “A Rumo apresentou os estudos, cujo objetivo da concessionária é ganhar tempo, mais uma vez, demonstrando descomprometido com a região”, opina o presidente, Marcelo Fritschy.