Em janeiro de 2021, a UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e Região) recebeu de populares uma denúncia de abandono à área que cerca o trecho ferroviário que liga a Avenida Fagundes Varella (pontilhão da Rodovia Júlio Budiski, na estrada KM 44) à entrada do bairro Parque dos Pinheiros, pertencente a Álvares Machado. Exato um ano depois, na primeira semana de janeiro de 2022, a entidade compareceu ao local e constatou que nada foi feito para evitar os crimes ambientais.

 

À época, foi verificado o descumprimento da Lei nº 13913/19, que determina o mínimo de 15 metros (de cada lado do trilho) para a denominada Faixa de Domínio, ao lado de rodovias e ferrovias. Agora, o presidente da UEPP, José Maurício Leme Jr., informa que foi visto novamente diversos pontos com lacunas gigantes, indicando que não foi reposta a terra retirada do local, fazendo com certos trechos fiquem suspensos. “Além disso, por estar cada vez mais sucateado, nem é possível visualizar parte do trilho”, alerta.

 

Para Leme, o local continua totalmente abandonado, sendo cenário para vandalismo e depósito de entulhos. “Essa realidade torna inviável a reativação, já que seria preciso, sobretudo, a recuperação da base do trilho, sem contar o dano ambiental”, pontuou.

 

Prefeitura de Álvares Machado

 

Em 2021, a UEPP enviou e-mail solicitando esclarecimentos ao prefeito reeleito Roger Gasques. Em resposta, o diretor de Agricultura Abastecimento e Meio Ambiente, Guilherme Bortoluzzi Cabrera, informou que “é do conhecimento da Prefeitura a situação relatada, e que regularmente funcionários fazem a limpeza e recolhimento dos resíduos, mas não é realizada uma fiscalização mais formal e nunca houve flagrante dos descartes. Segundo, a Prefeitura possui a intenção de melhorar as condições de trafego; e que existe uma estratégia de adequar a referente estrada para diminuir esses problemas ainda continua ativa, procurando viabilidade financeira”, foi explicado no da época.

 

Desde 05 de janeiro de 2022, a entidade solicita novamente um posicionamento ao governo municipal local, mas sem resposta até a publicação dessa matéria