Diante da situação em que a região de Presidente Prudente foi o único Departamento Regional de Saúde (DRS) a permanecer na Fase Vermelha por 14 dias consecutivos na reclassificação do Plano São Paulo, nesta quinta-feira (24/12) a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), representando a sociedade civil, emitiu um manifesto que será encaminhado ao Governador João Dória, por meio do deputado estadual, Mauro Bragato.

 

 

Além das entidades associadas à UEPP, também compõem o documento: CODEPP (Conselho de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente),  OAB 29ª Subseção, CIESP (Centro de Indústrias do Estado de São Paulo) e AVIESP (Associação das Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo).

 

 

No documento, a UEPP salienta que, atualmente, o município conta com taxa de ocupação UTI-Covid de 83,1%, cujo percentual se deve, dentre outros fatores, à falta de leitos para garantir o atendimento a pacientes acometidos pela doença, justamente por conta da redução do número de leitos e o cancelamento do convênio, de autoria do próprio governo do Estado de São Paulo.

 

 

A entidade também ressalta as determinações judiciais para a abertura de novos leitos de UTI nos hospitais da cidade, direcionado tanto ao governo municipal, como estadual. “Considerando que os hospitais da cidade estão lotados e a cidade registrou um recorde no número de 79 pacientes internados, dos quais, 29 estão em UTI. E, à revelia de tudo isso, foram soltos mais de 33 mil detentos das penitenciárias públicas da região”, destaca o documento.

 

 

Em posição contrária à determinação do Governador João Dória, a UEPP, sustenta, portanto, que nesse atual contexto, o maior responsável pela situação extrema em que o município se encontra é o próprio Governo do Estado, e solicita três esclarecimentos e enfrentamentos:

 

 

1.         aplicação efetiva dos recursos do Governo do Estado nos leitos dos hospitais, em especial para a seguinte demanda: 10 leitos de UTI no Hospital Regional, 10 leitos de UTI na Santa Casa, e um Hospital de Campanha para baixa e média complexidade;

 

 

2.         flexibilização da reclassificação, sob pena de falência econômica do município;

 

3.         prestação de contas dos recursos dispendidos na cidade nos últimos doze meses com receitas e despesas com a saúde pública.

 

 

Por fim, após estar ciente, foi dado prazo de 24 horas para que o Governador ou um representante encaminhe respostas às respectivas solicitações.