Por meio de ofício, a União das Entidades de Pres. Prudente e Região (UEPP) solicitou ao secretário municipal de cultura (Secult), Fábio Nougueira, 20 esclarecimentos sobre a Escola Municipal de Artes “Professora Jupyra Cunha Marcondes”. O objetivo da entidade é compreender o funcionamento da Escola e, em última análise, aferir e apoiar o desenvolvimento cultural do município. Durante a audiência pública realizada sexta-feira (25) na Câmara Legislativa, o secretário de Cultura, Fábio Nougueira, argumentou apenas alguns dados indagados no documento. Conforme, a Rede não causará nenhum impacto financeiro direto para o município, pois tanto os espaços físicos quanto as atividades já existem, onde a prefeitura apenas passará a administrar. Segundo o responsável pela Secult, atualmente são 20 professores centrados no Centro Cultural Matarazzo, contratados por meio de edital terceirizado e 85 colaboradores. Quanto aos alunos, são 524 atendidos, sendo 153 bolsistas. Além, o Projeto Guri Prudente atende no mesmo prédio 723 crianças e ocupa 13 salas de aula. De acordo com o projeto, os professores da Jupyra terão autonomia para estender suas aulas na Rede ou não, sendo sua adesão opcional a partir de 2020. “Acreditamos que com R$3,5 milhões/ano, ao invés de continuarmos atendendo num mesmo local e com a mesma quantidade de professores, possamos passar a atender cerca de duas mil pessoas. Também será uma oportunidade para que os alunos escolham onde querem frequentar, conforme a proximidade de sua residência”, apontou Nogueira. Em slide, foi informado que tais polos são espaços e salas que serão situados no Museu, CEU Prof. Samoel Brondi (Parque Alvorada), Praça da Juventude do Ana Jacinta e da Cohab, na E.M. Firmino de Almeida (Parque Alexandrina) e no Distrito Floresta do Sul (local ainda não definido). Assim, também passarão a funcionar nos novos equipamentos da Rede, cursos de música, arte e cultura que atualmente ocorrem exclusivamente na Escola Jupyra, no Centro Cultural Matarazzo e no Museu, respectivamente. Ainda, será permitido a criação de eventos promovidos pelos moradores das regiões adjacentes. Sobre as contas, Nogueira disse que é investido em cada aluno o valor anual de R$6.902,76. “Ao todo, a Escola Municipal de Artes consume R$3.153.773,41, o que corresponde a 52% da folha de pagamento da Secretaria de Cultura”, pontou. Controvérsias Segundo o representante dos professores, o docente Ruben Vicentini, atualmente, a escola não conta com 153 alunos bolsistas, mas sim, com apenas 71. “A Secult apresentou 97 funcionários no total, porém, pela lista de presença, são 86 e 3 estagiários. Sobre os salários, nossa análise é de R$2,7 milhões aos 25 professores, diferente dos R$3,5 milhões apresentados [pela Secult]”, detalhou. “Não somos contra a criação dos polos, apenas reivindicamos a imposição que está sendo feita aos professores. Queremos que a sociedade participe ativamente dessa escolha”, explicou. COMUCPP A presidente do Conselho Municipal de Cultura de Presidente Prudente (COMUCPP), Iara Oliveira, abriu a audiência afirmando a falta de diálogo da Secult com os questionamentos apresentados por pais de alunos e professores. “Recentemente, o secretário Fábio Nogueira nos apresentou uma planilha e deixou claro que não constava planejamento para as mudanças anunciadas. Também apresentamos o interesse em criar uma comissão, mas até o momento, ele não nos devolveu uma resposta”, afirmou Iara. Em resposta, Fábio Nogueira disse que o COMUCPP não é deliberativo, mas sim, consultivo. UEPP Entregue pessoalmente a Fábio Nogueira na última quinta-feira (25) pelo presidente da UEPP, Marcos Lucas, o ofício apresentou questionamentos sobre a infraestrutura e trabalhos realizados na Escola Jupyra da Cunha Marcondes. Em plenário durante a audiência pública (26), Fábio Nogueira informou encaminhou requerimento de resposta com 200 folhas à UEPP, entretanto, a entidade ainda não recebeu em mãos até a manhã desta segunda-feira (28).