Aconteceu na manhã desta terça-feira (28) na Câmara Municipal de Pres. Prudente, a ‘Reunião Pública das Entidades’, uma iniciativa da Câmara Legislativa, FEAPP (Federação das Entidades Assistenciais de P. Prudente) e UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), a qual visou buscar soluções para suprir a queda de recursos financeiros a 33 entidades filantrópicas do município.
Entidades assistenciais desempenham um papel crucial na sociedade ao oferecer suporte e assistência a grupos vulneráveis, comunidades carentes e pessoas com deficiência. No entanto, em Prudente, as cerca de 30 entidades federadas enfrentam dificuldades financeiras, com atrasos nos repasses federais e municipais, deixando de suprir algumas necessidades.
A secretária municipal de Assistência Social, Clélia Tomazini, colocou a par a situação financeira atual dos repasses. “Em 2021, os recursos federais eram de 35% e o município cobria os outros 65% com recursos próprios. Já neste ano, os recursos federais aumentaram, porém não foi gradativo, ou seja, não chegou aos 100%. Hoje, o repasse anual [federal] para as entidades é de R$4.124.000,00, exceto as emendas impositivas”, informou.
Conforme o presidente da FEAPP, Leandro Pires, para colocar seus trabalhos em prática, as entidades contam com mais de 1800 funcionários registrados, os quais atendem mais de 15 mil pessoas diretamente e cerca de 60 mil direta e indiretamente. “Essas 33 entidades possuem um custo anual de R$44 milhões. Desses, 80% vêm da Federação, Estado e Município; o restante é a contrapartida que as entidades têm que buscar de verba própria”, comunicou.
Sugestão
Na oportunidade, representando a UEPP, o presidente Renato Michelis levou ao conhecimento público uma sugestão feita pelo médico Edison Kuramoto. Essa proposta envolve a venda de terrenos pertencentes à municipalidade que encontram-se sem utilização. “A ideia é direcionar os recursos provenientes dessas vendas para as entidades assistenciais, estabelecendo previamente um percentual destinado”, comentou Michelis.
Em resposta, o presidente da 18ª Legislatura, Tiago Oliveira, disse que a proposta é viável. “A Prefeitura não é imobiliária para acumular imóveis, com isso, é possível sim uma negociação, desde que sejam terrenos que, comprovadamente por estudos, não farão falta para a municipalidade e irão gerar renda para contribuir com as entidades”, frisou. O assunto será levado em pauta em próxima sessão extraordinária na Câmara.