Em menos de 15 dias, o eleitorado brasileiro retorna às urnas para escolher democraticamente os líderes do executivo estadual e federal para os próximos quatro anos.
O Brasil viveu entre 1964 e 1985 anos uma forte ditadura militar, onde direto era uma meramente uma palavra. Mesmo sendo marcado por significativo apelo da sociedade civil, o processo de eleições diretas só ocorreu em 1989, 29 anos após a escolha do então último presidente, em 1960, e um ano após a implantação da Constituição Federal de 1988.
Outra luta vencida em solo brasileiro foi o sufrágio feminino; um marco conquistado somente em 1932, após a árdua batalha desde a Constituinte de 1891, pleiteavam o direito ao voto.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aproximadamente 31 milhões de eleitores (20% dos votantes) não foram votar no primeiro turno de 2022. Um número gigante de abstenções, o maior desde 1998. Isso é gravemente preocupante! Há quanto nações, em pleno século XXI queria ter esse privilégio?
Arábia Saudita e Brunei são exemplos de países em que seus povos não podem expressar suas opiniões políticas. É abaixar a cabeça e concordar, se quiserem sobreviver. Liberdade de expressão não é uma opção. Muitos dariam tudo o que tem pelo simples fato de escolher seus governantes, o direito de ir e vir, tornar o seu país constituinte. Uma conquista que nós, brasileiros, temos, mas que muitos não valorizam.
Independente da sua ideologia política [não cabe a nós determinar, afinal, nossa premissa é apartidária], mas entenda que o seu voto não é apenas um número na urna o qual não fará a menor diferença, mas sim o seu grito de voz, a sua arma contra a corrupção. Faça esse direito valer a pena.